domingo, 1 de abril de 2012

Voltando,

 mais uma vez voltando. A tristeza me fez retornar. Volte pela alegria, volte pela dor, mas volte.


A TRISTEZA PERMITIDA

Se eu disser pra você que hoje acordei triste, que foi difícil sair da cama, mesmo sabendo que o sol estava se exibindo lá fora e o céu convidava para a farra de viver, mesmo sabendo que havia muitas providências a tomar, acordei triste e tive preguiça de cumprir os rituais que faço sem nem prestar atenção no que estou sentindo, como tomar banho, colocar uma roupa, ir pro computador, sair pra compras e reuniões – se eu disser que foi assim, o que você me diz? Se eu lhe disser que hoje não foi um dia como os outros, que não encontrei energia nem pra sentir culpa pela minha letargia, que hoje levantei devagar e tarde e que não tive vontade de nada, você vai reagir como?

Você vai dizer “te anima” e me recomendar um antidepressivo, ou vai dizer que tem gente vivendo coisas muito mais graves do que eu (mesmo desconhecendo a razão da minha tristeza), vai dizer pra eu colocar uma roupa leve, ouvir uma música revigorante e voltar a ser aquela que sempre fui, velha de guerra.
Você vai fazer isso porque gosta de mim, mas também porque é mais um que não tolera a tristeza: nem a minha, nem a sua, nem a de ninguém. Tristeza é considerada uma anomalia do humor, uma doença contagiosa, que é melhor eliminar desde o primeiro sintoma. Não sorriu hoje? Medicamento. Sentiu uma vontade de chorar à toa? Gravíssimo, telefone já para o seu psiquiatra.
A verdade é que eu não acordei triste hoje, nem mesmo com uma suave melancolia, está tudo normal. Mas quando fico triste, também está tudo normal. Porque ficar triste é comum, é um sentimento tão legítimo quanto a alegria, é um registro de nossa sensibilidade, que ora gargalha em grupo, ora busca o silêncio e a solidão. Estar triste não é estar deprimido.
Depressão é coisa muito séria, contínua e complexa. Estar triste é estar atento a si próprio, é estar desapontado com alguém, com vários ou consigo mesmo, é estar um pouco cansado de certas repetições, é descobrir-se frágil num dia qualquer, sem uma razão aparente – as razões têm essa mania de serem discretas.
“Eu não sei o que meu corpo abriga/ nestas noites quentes de verão/ e não me importa que mil raios partam/ qualquer sentido vago da razão/ eu ando tão down...” Lembra da música? Cazuza ainda dizia, lá no meio dos versos, que pega mal sofrer. Pois é, pega mal. Melhor sair pra balada, melhor forçar um sorriso, melhor dizer que está tudo bem, melhor desamarrar a cara. “Não quero te ver triste assim”, sussurrava Roberto Carlos em meio a outra música. Todos cantam a tristeza, mas poucos a enfrentam de fato. Os esforços não são para compreendê-la, e sim para disfarçá-la, sufocá-la, ela que, humilde, só quer usufruir do seu direito de existir, de assegurar seu espaço nesta sociedade que exalta apenas o oba-oba e a verborragia, e que desconfia de quem está calado demais. Claro que é melhor ser alegre que ser triste (agora é Vinícius), mas melhor mesmo é ninguém privar você de sentir o que for. Em tempo: na maioria das vezes, é a gente mesmo que não se permite estar alguns degraus abaixo da euforia.

Tem dias que não estamos pra samba, pra rock, pra hip-hop, e nem pra isso devemos buscar pílulas mágicas para camuflar nossa introspecção, nem aceitar convites para festas em que nada temos para brindar. Que nos deixem quietos, que quietude é armazenamento de força e sabedoria, daqui a pouco a gente volta, a gente sempre volta, anunciando o fim de mais uma dor – até que venha a próxima, normais que somos.
(Martha Medeiros)



domingo, 17 de julho de 2011

Uma carta de desamor.

Me desculpe por ter tomado a iniciativa. Me desculpe por ter escrito. Me desculpe por ter ligado. Me desculpe por eu ter voz.

Me desculpe por ter dito sim. Me desculpe por ter gemido. Me desculpe por ter gozado. Me desculpe por eu ter voz.
Me desculpe pelos machucados que sua ex deixou em você. Me desculpe por eu ter vindo logo atrás dela. Me desculpe por querer entender seu silêncio. Me desculpe por eu ter voz.
Me desculpe por eu não ter usado máscara. Me desculpe por desejar alguma intensidade. Me desculpe por desejar. Me desculpe por eu ter voz.
Me desculpe pelo que foi ruim. Me desculpe pelo que foi bom. Me desculpe pelo atrevimento de supor que eu merecia o que de bom aconteceu. Me desculpe por eu ter voz.
Me desculpe por eu ter tirado a roupa. Me desculpe por eu ter mostrado meu corpo. Me desculpe por eu ter gostado de mostrar meu corpo. Me desculpe por eu ter voz.
Me desculpe por eu ter escrito coisas lindas para você. Me desculpe por você não ter entendido um terço do que eu escrevi. Me desculpe por você ter me achado ousada demais. Me desculpe por eu ter voz.
Me desculpe por, em algum momento, eu ter te amado. Me desculpe por, em algum momento, eu ter te achado bonito. Me desculpe por, em algum momento, eu ter me achado bonita. Me desculpe por eu ter voz.
Me desculpe pelos seus erros de português. Me desculpe pelos erros de português da sua nova namorada. Me desculpe pela sua nova namorada achar margarida uma flor pobre. Me desculpe por eu ter voz.
Me desculpe por você torcer para o Palmeiras. Me desculpe se uma barata entrar na sua cozinha algum dia. Me desculpe pelos 130 km de congestionamento em São Paulo agora. Me desculpe por eu ter voz.
Mas, sobretudo, me desculpe por pedir essas ridículas, inúteis e dolorosas desculpas. Que, naturalmente, não são para você, afinal, porcos não reconhecem pérolas.
                                                          (Stella Florence)






perdida em um mundo que não dá pra entrar.

Quantas mentiras você precisa contar a você mesma todos os dias pra se sentir bem?
De quantas maneiras você consegue fugir do que sempre esteve contigo?

Tudo já estava tão bem, eu nem pertencia mais a você. Você já tinha partido, e eu te deixei ir naquele dia. E eu me lembro da sua partida e das cicatrizes que ficaram, e eu me lembro de quanto te enterrei. E eu jurei ser pra sempre. Eu jurei que estava forte. Eu acreditei que nem pensava mais em você.Mas porque é então que você voltou? Qual foi o brinquedo que não te satisfez dessa vez? Qual foi o coração que você não conseguir quebrar? Qual foi a porta que o mundo te fechou agora?

Quantas vezes eu preciso me quebrar pra você se reerguer? Quantas vezes eu preciso deixar de ser eu, pra você conseguir ser alguém?
Eu não consigo mais dizer que está tudo bem. Estou perdida em um mundo que não dá pra entrar.

"O silêncio soa como um final, como se nunca fóssemos ter uma chance
Você tem que me fazer sentir como se não tivesse restado nada de mim?
Você pode levar tudo que eu tenho
Você pode quebrar tudo que eu sou
Como se eu fosse feita de vidro
Como se eu fosse feita de papel
Vá em frente e tente me derrubar
Eu vou levantar do chão
Como um arranha-céu
Como a fumaça se dissipa
Eu me desperto e desembaraço você de mim
Isso faria você se sentir melhor enquanto eu sangro?
Todas minhas janelas ainda estão quebradas
Mas eu ainda estou de pé
Vá corra, corra, corra
Eu vou ficar bem aqui
Vendo você desaparecer"


Eu preciso ser mais forte que você, PELO MENOS UMA VEZ.



sábado, 21 de maio de 2011

apenas se tiver tempo.

PEQUENO PRÍNCIPE
(trecho)

E foi então que apareceu a raposa:
- Bom dia, disse a raposa.
- Bom dia, respondeu polidamente o principezinho que se voltou mas não viu nada.
- Eu estou aqui, disse a voz, debaixo da macieira...
- Quem és tu? perguntou o principezinho.
Tu és bem bonita.
- Sou uma raposa, disse a raposa.
- Vem brincar comigo, propôs o princípe, estou tão triste...
- Eu não posso brincar contigo, disse a raposa.
Não me cativaram ainda.
- Ah! Desculpa, disse o principezinho.
Após uma reflexão, acrescentou:
- O que quer dizer cativar ?
- Tu não és daqui, disse a raposa. Que procuras?
- Procuro amigos, disse. Que quer dizer cativar?
- É uma coisa muito esquecida, disse a raposa.
Significa criar laços...
- Criar laços?
- Exatamente, disse a raposa. Tu não és para mim senão um garoto inteiramente igual a cem mil outros garotos.
E eu não tenho necessidade de ti.
E tu não tens necessidade de mim.
Mas, se tu me cativas, nós teremos necessidade um do outro. Serás pra mim o único no mundo. E eu serei para ti a única no mundo
... Mas a raposa voltou a sua idéia:
- Minha vida é monótona. E por isso eu me aborreço um pouco. Mas se tu me cativas, minha vida será como que cheia de sol. Conhecerei o barulho de passos que será diferente dos outros. Os outros me fazem entrar debaixo da terra. O teu me chamará para fora como música.
E depois, olha! Vês, lá longe, o campo de trigo? Eu não como pão. O trigo para mim é inútil. Os campos de trigo não me lembram coisa alguma. E isso é triste! Mas tu tens cabelo cor de ouro. E então serás maravilhoso quando me tiverdes cativado. O trigo que é dourado fará lembrar-me de ti. E eu amarei o barulho do vento do trigo...
A raposa então calou-se e considerou muito tempo o príncipe:
- Por favor, cativa-me! disse ela.
- Bem quisera, disse o principe, mas eu não tenho tempo. Tenho amigos a descobrir e mundos a conhecer.
- A gente só conhece bem as coisas que cativou, disse a raposa. Os homens não tem tempo de conhecer coisa alguma. Compram tudo prontinho nas lojas. Mas como não existem lojas de amigos, os homens não têm mais amigos. Se tu queres uma amiga, cativa-me!
Os homens esqueceram a verdade, disse a raposa.
Mas tu não a deves esquecer.

"Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas"

(Antoine de Saint-Exupéry)

V O L T A N D O

Imóvel, bradipneica, sem saber o que falar. Levanto-me, vou até a cozinha buscar um pouco de água, e de repente estou no quarto arrastando uma coberta até a sala.O telefone não toca. Tentativas de fugir do que me aguarda. Falar de mim, escrever mais uma vez depois de tanto tempo, depois de tantas coisas que perdi, depois de tantas lágrimas e frustrações que deixei passar. Como começar?
De súbito uma última tentativa de levar ar aos pulmões, o controle voluntário de trazer a tona todas as coisas que me incomodam. Droga, já tinha esquecido como escrever me faz tão bem.
Porque mesmo que estou aqui? Meus pensamentos estão contra meu coração, meu cérebro não quer que eu enfraqueça de novo. Tudo esta(va) tão bem, tudo esta(va) sob controle. Porque é mesmo que você se aproxima de mim? O que mais você quer? Será que você ainda não percebeu que eu não quero mais ficar próxima a você? Será que eu ainda não percebi que não existe só você?

Perdi totalmente o foco, perdi totalmente a paz. Eu não devia ter te tocado, eu não devia ter deixado você entrar. Eu podia perder tanto tempo assim. E não foi pra falar de você que voltei aqui, afinal você já não faz mais parte do meu presente. Não sei se ainda você permanece na minha cabeça ou no meu coração. Aliás, não sei se você ainda faz parte de alguma coisa que se relacione a mim. Você mudou tanto, e eu nem te conheço mais.
 E não, eu não quero me casar com você.

domingo, 30 de janeiro de 2011

so go on.

Coração tão apertado; queria não ter mais motivos pra escrever. Não queria que minhas fraquezas entrassem mais uma vez no computador de pessoas, mas é inevitável. Confesso que estou triste, as coisas não andam bem, meus dias estão estaticamente iguais e minuto após minuto, dia após dia me sinto completamente vazia. Como diria um dos meus mestres “meus minutos mal somados, sadomasoquismos são”. Eu não sei muito bem o que ando fazendo dos meus dias, o que ando fazendo do meu sono e como tenho tratado meu coração, mas agora todas as coisas me parecem ter um peso maior.
Sinto-me completamente infeliz, não tenho vontade de mais nada. Viver essa rotina está me destruindo, e cada vez mais essa angústia parece maior. Será que nunca vou me acostumar com a falta de algumas coisas na minha vida? Eu não agüento mais.
Eu não agüento pessoas, eu não agüento mais aqueles estoques de sorrisos falsos, eu não agüento mais barulho. Eu preciso de um tempo, pra cabeça e pro coração. Queria um mês, apenas com meus livros e talvez coca-cola, nada mais. Sem pessoas e sem preocupações. Ninguém pra cuidar, ninguém pra amar. Quem falou mesmo que eu era obrigada a crescer?

Ah, eu sinto saudade. Talvez sua ausência esteja me deixando um pouco mais confusa. Eu não sei por que ainda não consegui te apagar, eu não sei por que minha respiração está falhando nesse momento, eu não sei por que meu coração dói enquanto escrevo, e tão pouco sei por que te conheci. Será que existe mesmo alguma razão nas coisas feitas pelo coração?
O fato é que a chuva de hoje mais uma vez me trouxe você, e seu lugar continua vazio; por que você foi embora e eu nem tive tempo de dizer o quanto você me irritava e me fazia mal, que você era como uma droga, e como toda droga me causa abstinência. Eu não consegui dizer que eu ficava extremamente nervosa quando você me tirava do sério, mas não tenho esse mesmo tempo pra dizer que agora estou extremamente infeliz com a falta que você me faz. E o pior é nem sei onde você está.
Talvez eu não fosse mesmo um cristal, mas tenha me quebrado tanto quanto um. Eu sei que você está saindo da minha vida, eu sei que essa abstinência uma hora vai passar, e, talvez um dia você realmente me procure em outros timbres ou outros risos. Por enquanto vá em frente e veja quanto tempo você consegue sobreviver. Eu não tenho mais nada a dizer.




"Às vezes eu queria não sentir nada. É melhor. É mais fácil"

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

bad decisions.

Saiba que antes de mais nada pensei MUITO se traria a público tudo que PENSAVA sobre você, e ainda se era mesmo necessário gastar alguma coisa a mais da minha vida, quando o assunto era você. Enfim os posts estão aí, você nunca irá lê-los mesmo, e é assim que deve ser ... afinal, você conseguiu que tudo isso acabasse. Parabéns, por matar tão rápido algo que eu não tinha forças pra destruir.


Começo então depois de alguns aborrecimentos, alguns esclarecimentos e muito cansaço das pessoas. Fato, cansei. Preciso de silêncio e um momento só meu, pessoas definitavamente me cansam, com suas futilidades, seus ciúmes, suas fraquezas, e suas infantilidades. Não tenho tempo pra mais nada; e tudo que me faz mal estou fazendo questão de deixar bem longe de mim. Do you understand me?

 


"Segui o caminho errado
Uma ou duas vezes
Cavei até conseguir sair
Sangue e fogo
Decisões ruins
Tudo bem
Bem vindo à minha vida boba

Mal tratada, deslocada, mal compreendida
Sabichona, tá tudo bem
Mas isso não me parou
Errada, sempre em dúvida
Diminuída, e eu ainda estou por aqui"

 

Passamos por dias difíceis hein querido, ou passei por dias difíceis. Nós, foi uma ilusão que criei pra aceitar mais fácil a condição de ser um passatempo. O que você realmente quis de mim? O que você realmente esperou? Que eu estivesse ao seu lado, quando o mundo todo não estivesse mais? Que eu enxugasse suas lágrimas e oferecesse o melhor de mim, mesmo não bastando pra você? Que eu fizesse você sorrir, quando o tédio tomasse conta de você? Que eu te ajudasse a levantar das quedas que você mesmo provocou?
O que passou pela sua cabeça vazia esse tempo todo? Você achou que eu seria pra sempre o seu brinquedo? Que mesmo machucada eu poderia te fazer feliz? Que eu aceitaria pra sempre a condição de ser apenas outra, de ser apenas resto. Que quando ninguém mais te quisesse, eu ainda estaria por aqui?
Você achou mesmo que 20 anos me fariam terminar sendo apenas segunda opção?
Até quando você pretendia me usar? Até que todos seus desejos fossem supridos? Ou até a pessoa que você sempre quis voltasse pra você?

E nunca foi eu, eu nunca fiz parte, eu nunca estive lá. Eu não estive com você nos momentos que você mais precisou, não foi pra mim que você entregou seu coração, não foi comigo que você compartilhou os seus medos, não era eu, não era meu coração, não eram meus conceitos, não eu.
Mas eu já havia dito que até os maiores amores um dia chegam ao fim, lembra? Porque com você seria diferente? Logo você que era mais pele e palpitação. Você também me foi útil, preencheu alguns vazios, foi um objeto que manipulei até quando pude controlar. Admito que você brincou muito mais, mas eu também brinquei, eu também me diverti, eu também usei, eu também quis mais, mas eu cansei muito mais cedo, muito mais.
Agora estou bem, um pouco mais forte e sobretudo realista. Ainda sinto saudade dos seus sorrisos, do seu quarto desarrumado, da chuva, do frio na espinha, de não conseguir controlar. Sinto saudade da mão seu cabelo e de te ter como um menino. Mas foram apenas "bad decisions".
Eu disse que você era especial, e não único.




"às vezes a gente precisa, dar um tempo, correr pra longe de todo o mundo, pra ver quem vai correr atrás da gente."

Sobre 18/01/2011

03:33, madrugada de terça-feira.

"Aonde foi que eu encontrei você quando a vida era normal?"

Mais uma vez fraqueza, vontade enorme de te ligar, mandar uma mensagem ou obter alguma resposta. Aonde foi mesmo que encontrei você?
Não, não vou ligar. Existem vozes na minha cabeça, vontades no meu coração, mas tudo isso vou deixar pra mais tarde. Escrever me faz bem, ainda é a única maneira que encontrei de salvar a minha vida e lembrar que pra você eu não passo de distração.

[sem datas]

Fraqueza.

Sobre 16/01/2011.


Hoje foi um dia difícil, talvez um pouco mais do que o normal. Muitas coisas na cabeça, alguma coisa no coração e nenhum entendimento. Eu preciso muito me libertar de tudo isso que está me sufocando, mas eu ainda não aprendi como fazer isso.
Hoje eu descobri que gosto muito de você, mas muito mesmo ... é diferente de todos que passaram, é diferente de tudo que passei. Não é amor, não é pra vida toda, mas é encanto, é paixão, é a necessidade de ter alguém pra conversar, pra rir, pra brigar, alguém pra abraçar; e definitivamente alguém pra te fazer feliz, mesmo que seja por momentos.
Hoje eu descobri que "Apenas mais uma de amor", talvez traduza o que estou por dentro; realmente eu gosto TANTO de você, que até prefira esconder, mesmo não sendo tão subtendido assim..
Hoje resolvi contar pra mim mesma que você faz parte da minha vida, mesmo que eu tenha lutado pra tudo ser diferente agora. Pode sim parecer fraqueza, pois que seja fraqueza então; assumo sou fraça; estou cansada, você me faz mal, mas é em você que penso, é de você que eu lembro quando chove, é em você que eu penso quando acordo. É em você que encontro meus motivos. Parece uma grande bobeira tudo isso, algo tão ilusório. Queria muito rir de tudo mais tarde, mas tarde pode estar longe demais.
Não há como te evitar, não há como deixar de te querer, não há como mentir mais, alguma coisa me prende a você e hoje sei que já sou seu brinquedo. Eu sei que você me usa e me deixa guardada, até quando você estiver cansado dos outros brinquedos. Você me usa quando não há com o que brincar, me usa quando se sente sozinho. É com meu coração que você passa o tempo que lhe sobra, mas o que você ainda não sabe é que pessoas não são para brincar e que corações não são instrumentos para se passar tempo. Você precisa saber que mesmo os maiores amores, com o passar dos dias acabam e que "brinquedos machucados" não são capazes de fazer ninguém feliz.

ALGUM DIA
(Esteban)


Te quero tanto quanto eu sei que não posso te ter.
Te quero tanto e sinto muito por você não querer.
Algum dia você vai precisar de companhia pra viver.
Algum dia você vai precisar de alegria e vai ver
não era eu ...

Te quero tanto
e ao mesmo tempo quero te esquecer
Algum dia você vai precisar de companhia pra viver
Algum dia você vai precisar de alegria e vai ter,
mas não sou eu quem vai te dar.

[sem datas]

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

"Não adianta chamar quando alguém que está perdido, procurando se encontrar.
Não vale a pena esperar,
tire isso da cabeça
e ponha o resto no lugar"

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

como tudo na vida, também vai passar.

Decepção
 Classificação morfossintática:
- [decepção] substantivo fem singular .
Sinônimos: desilusão desapontamento desengano desencanto .
Antônimos: encanto ilusão engano .



Não há como deixar de escrever, com tantos sentimentos suplicando por liberdade. É estranho essa sensação de não saber o que fazer, não saber o que pensar, e não ter forças pra dizer não. Estranho ainda, esse coração que teima em fazer burrice e esse sorriso que ainda nada sabe, mas que certamente antecede apenas a dor.
Estranho essa ânsia por viver e viver cada momento como o último, como se as coisas não trouxessem as suas devidas consequências no momento certo. Estranho pedir a Deus um sinal, e recebê-lo com tanto espanto.
É estranho ter todos os problemas do mundo na sua janela, todas as contas do mês em cima da mesa e não dar a mínima importância pra isso. Quão é saúdavel querer continuar, mesmo que tenham te machucado mais de uma vez? Quão é normal esperar algo sem nada esperar, querer que o tempo volte, e que tudo volte ao seu devido lugar ... mas ao mesmo tempo, respirar fundo novamente e pensar "bobagem, valeu a pena".
É aceitável ser a pessoa mais rude do mundo, mesmo com o mais quebrado coração? É considerável não conseguir dormir? Pegar-se pensando nos pequenos instantes? E querer que tudo isso não mais exista ao amanhecer?
Existe limite para felicidade? Existe maneira de buscá-la sem algumas loucuras e umas outras poucas cicatrizes?
Talvez uma pessoa com insanidade considerável me responda que não há limites, e cicatrizes são marcas dos mais intensos momentos e que sem loucuras, não há VERDADE.

Estranho ter apenas um assunto, um pensamento, algumas certezas incertas e um coração grandemente confuso. Estranho se tornar a pessoa mais maluca do universo por estar vivendo. Estranho perder todo o chão com apenas um toque, ou deixar que tudo perca o sentido com apenas um beijo. Estranho ser humano, complicadamente irracional ao ponto de se esquecer todo o antes; entregar-se durante e não saber nada do depois.

Faz sentido "DECEPÇÃO". Afinal, também é demasiadamente estranho o desengano e a ilusão.



Pra ser sincera, és parte ainda do que me faz forte e, pra ser honesta só um pouquinho infeliz.
6,9/01/2011

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

A ♡

"Ele era perfeito; ali naquele quarto cheio de espelhos, com aquela cara de malandro, com aquele sorriso lindo, ele era perfeito falando aquele monte de besteiras, sendo ele mesmo, sendo outro pra me conquistar, ele era perfeito no olhar, no toque, no jeito como roubava de mim o meu cheiro, ele era perfeito quando tentava ser romântico e me fazia rir, ele era perfeito quando me fazia esquecer que existia outro mundo lá fora, que não era o nosso, ele era perfeito dentro da história secreta que inventamos, ele tinha muitos defeitos que eu não queria no cara perfeito pra mim, só que isso eu só descobri bem mais tarde, num daqueles momentos em que a luz do quarto acende e você percebe que não existe nada além de dois amigos" .

sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

While I'm Waiting ...

Papel e caneta na mão, é meio cedo pra escrever ...

... Eu quero uma pessoa eu conheça por acaso, no meio de uma multidão ou até mesmo numa segunda qualquer. Eu quero uma pessoa que divida comigo não só uma casa, mas também uma vida. Eu espero por aquele sonhado homem que fique deitado ao meu lado pra me ver dormir, ou que apenas fique ao meu lado. Eu quero aquele homem que me ache sim a mulher mais interessante do mundo, mesmo que eu esteja sem maquiagem ou nenhum humor.
Eu quero um homem que seja um tanto quanto inteligente, mas que sobretudo saiba me fazer feliz por sua simplicidade. Eu quero um homem que me beije na chuva, que grite comigo quando eu estiver errada, mas que depois apenas me abrace. Ah! eu quero um abraço, e quero que seja o melhor abraço do mundo. Eu quero alguém que discorde de mim na maioria das vezes, e me deixe tão irritada ao ponto de bater a porta.
Eu quero um homem que me faça ter a certeza de que " É ELE " toda vez que sorrir. Eu quero um homem que goste de estrelas e que me convide a olhá-las em algumas ocasiões. Eu quero um homem que me pegue pela mão e conquiste meu coração. Que goste tanto da noite quanto eu e talvez até adore matemática.
Eu quero uma pessoa oposta a mim, porque acredito fielmente que estes se atraem. Pessoas muito parecidas dão certo demais, são felizes demais e se separam cedo demais. Pessoas diferentes brigam, se desentendem mas sobretudo se amam e vivem intensamente, porque constroem juntos a tolerância da diferença.
Eu quero alguém que não torça para o meu time, que não suporte novela, mas que assista aqueles filmes românticos que no fundo TODA mulher gosta. Eu quero um homem que saia com os amigos, mas que sinta minha falta no fim da tarde. Eu quero alguém em que eu confie e que seja o primeiro a me contar quando me trair. Eu quero uma pessoa que fique tão próxima a mim ao ponto de quase sentir seu coração.
Eu quero um homem que me traga flores num dia qualquer e que me ligue as 11 da noite só pra ouvir a minha voz.
Eu quero alguém que me leve ao cinema e fique embaixo das cobertas comigo em dias frios. Eu quero alguém que me dê água, e me dê sonhos. Eu quero alguém que lave a louça, mesmo que depois exija algo em troca. Eu quero alguém que me deixe tão apaixonada a ponto de esquecer tudo que quero.
É, eu ainda quero ficar com tudo que conheço, mas eu vou esquecer .
23, 24/12/2010.



sábado, 25 de dezembro de 2010

merry christmas.

perdida em uma madrugada de natal e mesmo tendo certeza que ainda é um pouco cedo pra escrever sobre algo ou alguém, resolvi postar esse texto que encontrei.

"Todo mundo enche o peito nas boates, nos bares, levanta os braços, sorri e dispara: ‘eu sou de ninguém, eu sou de todo mundo e todo mundo é meu também’. No entanto, passado o efeito do uísque com energético e dos beijos descompromissados, os adeptos da geração ‘tribalista’ se dirigem aos consultórios terapêuticos, ou alugam os ouvidos do amigo mais próximo e reclamam de solidão, ausência de interesse das pessoas, descaso e rejeição. A maioria não quer ser de ninguém, mas quer que alguém seja seu. Não dá, infelizmente, para ficar somente com a cereja do bolo - beijar de língua, namorar e não ser de ninguém. Para comer a cereja é preciso comer o bolo todo e nele, os ingredientes vão além do descompromisso, como: não receber o famoso telefonema no dia seguinte, não saber se está namorando mesmo depois de sair um mês com a mesma pessoa, não se importar se o outro estiver beijando outra, etc, etc, etc.
Desconhece a delícia de assistir um filme debaixo das cobertas num dia chuvoso comendo pipoca com chocolate quente, o prazer de dormir junto abraçado, roçando os pés sob as cobertas e a troca de cumplicidade, carinho e amor. Namorar é algo que vai muito além das cobranças. É cuidar do outro e ser cuidado por ele, é telefonar só para dizer bom dia, ter uma boa companhia para ir ao cinema de mãos dadas, transar por amor, ter alguém para fazer e receber cafuné, um colo para chorar, uma mão para enxugar lágrimas, enfim, é ter ‘alguém para amar’. Somos livres para optarmos! E ser livre não é beijar na boca e não ser de ninguém. É ter coragem, ser autêntico e se permitir viver um sentimento".












domingo, 12 de dezembro de 2010