domingo, 20 de junho de 2010

Na verdade eu tenho tanta coisa pra postar, tantas idéias, tantas coisas acontecendo que não deveria me apegar a detalhes tão pequenos e de pequena importância. A questão é que só eu decido o que quero falar e talvez isso seja algo que eu precise expor.
Há mais ou menos uma semana desisti e abri mão mais uma vez de parte das minhas confusões, acho que uma das piores coisas da vida é a indiferença e a falta de reconhecimento.
Me deparei fortemente elas; fiz de tudo para deixar de ser invisível, e não consegui. Durante uma semana fiquei bem, sem sofrimentos e sem dores! Entretanto, uma hora ou outra a gente se depara com o aquilo que mais queremos fugir e não da pra fugir de tudo, isso é pras pessoas covardes!
Hoje não tive como fugir. Achei que seria mais difícil, mas não, foi tranquilo, embora eu achasse que já tivesse superado.
Realmente nada melhor que dia após dia, assim como eu disse na postagem anterior aos poucos você se tornará alguém insignificante, e assim está sendo. Só que ainda estou um pouco confusa! Não sei na verdade o que quero, não sei na verdade como será quando você sair completamente da minha vida, e pode ter certeza que você está saindo, e falta muito pouco! Só tenho medo de como ficará minha vida depois de você, tenho medo dela ficar um pouco vazia novamente; pois é você que me completava, mesmo sem saber. Em você encontrei um sentido diferente, encontrei mais que um amigo, encontrei em você um motivo pra sorrir sem forçação, encontrei em você um alento, a paz que procurei tanto tempo. Mesmo com tudo isso você não soube me fazer tão bem, você conseguiu que as coisas ruins superassem todas as boas, você me deixou na invisibilidade e não quero mais ser transparente!O fato é que nem sei porque estou falando todas essas bobeiras aqui, eu nem tenho uma idéia concreta pra discorrer sobre ela, eu só estou confusa! Eu sei que o TEMPO será capaz de me trazer todas as respostas que preciso e que sei que vou encontrá-las!


Até lá estarei me livrando de você ...


Vai sim, vai ser sempre assim
A sua falta vai me incomodar,
E quando eu não agüentar mais
Vou chorar baixinho, pra ninguém ouvir.
Vai sim, vai ser sempre assim,
Um pra cada lado, como você quis
E eu vou me acostumar,
Quem sabe até gostar de mim.
Mesmo que eu tenha que mudar
Móveis e lembranças do lugar,
O meu olhar ainda vê o seu
Me devorando bem devagar.
Vem, que eu ainda quero, vem.
Quando menos espero a saudade vem
E me dá essa vontade, vem
Que eu ainda sinto frio
Sem você é tudo tão vazio
Vem me dar essa vontade,
Vem que esse amor ainda é meu.
Troco todos os meus planos por um beijo seu
E essa noite pode terminar bem




"Os olhos mentem dia e noite a dor da gente"

18/06/2005, esse dia eu jamais esquecerei!

E agora 05 anos depois ainda estou aqui, procurando a paz que me tiraram e aprendendo a caminhar dia a dia com tudo que me sobrou.
Tê-lo comigo novamente, poder abraçá-lo, sentir o seu cheiro e te chamar de pai são mais algumas vontades que ficaram pra traz.



Tua palavra, tua história
Tua verdade fazendo escola
E tua ausência fazendo silêncio em todo lugar
Metade de mim
Agora é assim
De um lado a poesia, o verbo, a saudade
Do outro a luta, a força e a coragem pra chegar no fim
E o fim é belo incerto... depende de como você vê.

Pai
Só enquanto eu respirar, vou me lembrar de você

terça-feira, 15 de junho de 2010

Insignificante.


O contrário do Amor

O contrário de bonito é feio, de rico é pobre, de preto é branco, isso se aprende antes de entrar na escola. Se você fizer uma enquete entre as crianças, ouvirá também que o contrário do amor é o ódio. Elas estão erradas. Faça uma enquete entre adultos e descubra a resposta certa: o contrário do amor não é o ódio, é a indiferença.

O que seria preferível, que a pessoa que você ama passasse a lhe odiar, ou que lhe fosse totalmente indiferente? Que perdesse o sono imaginando maneiras de fazer você se dar mal ou que dormisse feito um anjo a noite inteira, esquecido por completo da sua existência? O ódio é também uma maneira de se estar com alguém. Já a indiferença não aceita declarações ou reclamações: seu nome não consta mais do cadastro.

Para odiar alguém, precisamos reconhecer que esse alguém existe e que nos provoca sensações, por piores que sejam. Para odiar alguém, precisamos de um coração, ainda que frio, e raciocínio, ainda que doente. Para odiar alguém gastamos energia, neurônios e tempo. Odiar nos dá fios brancos no cabelo, rugas pela face e angústia no peito. Para odiar, necessitamos do objeto do ódio, necessitamos dele nem que seja para dedicar-lhe nosso rancor, nossa ira, nossa pouca sabedoria para entendê-lo e pouco humor para aturá-lo. O ódio, se tivesse uma cor, seria vermelho, tal qual a cor do amor.

Já para sermos indiferentes a alguém, precisamos do quê? De coisa alguma. A pessoa em questão pode saltar de bung-jump, assistir aula de fraque, ganhar um Oscar ou uma prisão perpétua, estamos nem aí. Não julgamos seus atos, não observamos seus modos, não testemunhamos sua existência. Ela não nos exige olhos, boca, coração, cérebro: nosso corpo ignora sua presença, e muito menos se dá conta de sua ausência. Não temos o número do telefone das pessoas para quem não ligamos. A indiferença, se tivesse uma cor, seria cor da água, cor do ar, cor de nada.
(Martha Medeiros)


Na verdade eu nem tenho muito o que falar depois de um texto maravilhoso como este! Talvez o título que eu tenha usado na minha postagem não seja totalmente sincero, talvez hoje você ainda não seja um insignificante, mas pode ter certeza que amanhã é outro dia.

sábado, 12 de junho de 2010

Junho, um mês que se eu pudesse arrancaria do meu calendário e da minha vida.
Não tenho boas recordações desse mês! Nele perdi a pessoa mais importante da minha vida, nele vi a pessoa que eu mais amava ir embora sem saber que era a última vez que eu a veria.

É o mês dos apaixonados pra quase todo mundo, porém, pra mim é apenas o mês das más lembranças, o mês de chorar todos os dias, o mês de saber que realmente o tempo às vezes parece traiçoeiro. Muitos olhos choram de alegria, o meu ainda chora de luto. Chora pela dor!


Mas este ainda não é o enfoque do meu post! Me perdoem, não é sobre junho que vim falar aqui, contudo não consigo não falar, este é um assunto que não sai da minha mente, não me abandona um minuto sequer!
Quero falar do amor!Sentimento mais contraditório este, tão forte e tão bobo.
Amor aquele de Jesus em se entregar em uma cruz por uma humanidade desprezível, amor aquele de uma mãe que chora a morte de um filho, ou talvez dois. Amor de um recém casado, amor de um recém nascido, amor de um amigo, amor eterno, amor de uma filha, amor de décadas. É isso, AMOR!

Como é tola as mentes que vêem que amor seja apenas homem e mulher, corpo e desejo, mente e sexo, traíção e dor. Amor é muito mais que isso! Amor é você doar um órgão a uma pessoa que não conhece, amor é você salvar uma criança que está morrendo de fome, amor é você fazer alguém sorrir quando seu coração está chorando, amor é dar um abraço e dizer eu te amo com toda sinceridade do mundo, amor é curvar-se e agradecer à Deus por tudo sem nunca tê-lo visto, amor é você dar comida a quem tem fome, é você dar um abrigo a quem tem frio, amor é você não enxergar as pessoas por seus exteriores, mas sim ser capaz de ver o que há bem lá no fundo. Amor é mais do que vende o dia dos namorados, é mais do que eles querem que você acredite, é mais do que você ganhar um presente e ser a pessoa mais feliz do mundo em um dia e no outro ser deixada sem nenhuma explicação. Amor não é infidelidade, amor não é sua aliança na mão direita, amor não é seu status de namorando no orkut, amor não é um eu te amo a cada minuto! Eu te amo NÃO diz tudo! e hoje virou uma frase tão comum ...
Amor é um sentimento que eu ainda não sei descrever, não consigo vivenciar, não consigo explicar. Acho ainda que ele não deva ser explicado, não deva ser decifrado. Amor é amor, basta sentir e pronto.Que seja amor entre você e ele, mas que SINTA amor quando olhar nas mãos calejadas da sua mãe, nos olhos cansados dos seus avós! Que SINTA amor quando perdoar alguém, que sinta amor quando ajudar alguém. Seja amor, contudo sinta amor!

E quanto ao amor e a dor!?

Bem, eles também caminham juntos. O amor também dói! Só não dói mais que a saudade. Dói não ter havido tanto tempo para amar, ou não ter aproveitado o tempo que se tinha. Dói. Mas que sempre exista amor. Ás vezes focamos tanto em achar nosso final feliz que não aprendemos a ler os sinais, a diferenciar entre quem nos quer e quem não nos quer, entre os que vão ficar e os que vão nos deixar. E talvez esse final feliz não inclua um cara incrível. Talvez seja você sozinha recolhendo os cacos e recomeçando, ficando livre para algo melhor no futuro. Talvez o final feliz seja só seguir em frente. Ou talvez o final feliz seja isto: saber que mesmo com ligações sem retorno e corações partidos, com todos os erros estúpidos e sinais mal interpretados, com toda a vergonha e todo constrangimento, você nunca perdeu a esperança.

E que exista amor na esperança. Que você espere por um dia onde tudo será diferente, e realmente o amor vença no final. Esperança de que um dia todas as coisas ruins que acompanham o amor não existam mais; e que reste apenas amor, pois sei que onde ele estiver, ali também estará Deus.

Junho talvez seja o mês que me falte amor! me falte entendimento, me falte fé, me falte palavras e me falte explicações. Só que eu sei que tudo isso vai passar!E quando passar que apenas Deus se sobressaia! E que com Ele venha muito AMOR! Talvez meu final feliz não inclua mesmo um cara incrível, mas inclua uma vida fascinante!!

terça-feira, 1 de junho de 2010

Sobre eu e mim mesma.

Há alguns dias estive pensando em quem sou eu! Comecei com estes pensamentos por causa do perfil do orkut, que constantemente aparece atualizado, mas nunca me mostra quem realmente são aquelas pessoas. Vejo apenas frases prontas que foram retiradas de alguma música, ou copiadas de Fernando Pessoa, Clarice Lispector, Drummond e por aí vai ... isso não é uma crítica, é apenas uma observação! afinal meu orkut também traz um perfil que não é meu! E quem são esses Fernandos, Clarices e Carlos?
Não sei. Não sei ao menos quem sou eu.
Vejamos ...
Em breve terei 20 anos e mais nada. Não tenho habilitação, não tenho carro e nem tenho bicicleta. Não tenho dinheiro, não bem falo inglês, não sou inteligente. Não tenho namorado nem tenho muitos AMIGOS. Não gosto de leite. Não tenho pai e não tenho paz. Não gosto de ironia e detesto pessoas falsas. Não sou feliz, mas isso não me surpreende mais! Não suporto a idéia de morte. Não sei esperar, mas espero o dia em que tudo isso vai mudar. Não gosto de acordar cedo e também não gosto de pudim. No entanto, minha vida não é apenas feita de ''nãos'', sei dizer sim há algumas coisas. Não tenho religião mas acredito em Deus. É pra Ele meu primeiro sim. Tenho certeza de que um dia poderei abraçar meu pai novamente e acredito que ele nunca me abandonou nesses últimos 5 anos. Gosto de azul e preto. Gosto das estrelas, admiro sua capacidade de brilhar. Gosto de quiabo e chuchu. Prefiro creme de leite e amo orquídeas. Gosto do meu signo, acho realmente que tenho muito dele, afinal um pequeno escorpião pode causar grandes danos.
Gosto de filmes de terror e tenho medo do escuro. Amo italiano e também meus sobrinhos. Gosto de bolsas, bijuterias e de cabelos compridos. Gosto de frango e de leite ninho. Gosto de ficar sozinha, mas tenho medo de ficar sozinha pra sempre!
Gosto de alface, mas com o tempero da minha mãe. Não resisto à um sorriso de uma criança.
Gosto dos idosos, mas ainda tenho que aprender muitas coisas sobre eles. Adoro cachorros e gatos, só que acho tão fofo os coelhos. Gosto de teclado e bateria.
Se eu pudesse escolher um poder eu leria o pensamento das pessoas. Se eu pudesse voltar no tempo, eu teria me despedido e teria dito "EU TE AMO". Se eu pudesse dominar um sentimento seria a amizade e se eu pudesse impedir alguém da morte, jamais permitiria que meu pai saísse de casa naquele dia. Se eu tivesse esse aprendizado antigamente eu teria aproveitado mais. Se eu tivesse mais uma chance, daria o abraço mais forte. Se eu soubesse o que o futuro me reserva talvez agora eu erraria menos, ou erraria mais.
Movo minha vida com medos, dores, feridas e fé. Vivo tão pouco e sei que um dia o tempo me cobrará tudo isso. Já fui guerreira, mas hoje não sou nem metade disso. Faço faculdade de enfermagem e nem sei se tenho capacidade para tanto. Estagnei no tempo e parece que as horas passam em vão. Só me apaixonei de verdade uma única vez e sofri por quase 04 anos. Acho que talvez tenham começado aí minhas quedas. Desisti e me fechei.
[Claramente a palavra que me define é CONFUSÃO.]
Quero dar o nome do meu pai ao meu filho e sou doadora de órgãos. Tenho trauma de agulha e tenho medo de doar sangue. Queria ajudar as pessoas e acabar com todas essas dores que muitos sustentam. Não queria ser Deus! Odeio injustiça e ficaria muito desapontada me doando para uma humanidade que ridiculariza meu nome. Tenho fobia de barata e odeio qualquer tipo de artrópode. Não gosto de borboletas, mas admiro como passam por mudanças e são espetacularmente lindas e coloridas.
Se eu tivesse nascido há uns 40 ou 50 anos, acho que teria sido uma pessoa totalmente imprudente. Gosto de coca-cola e suco de cajú e enlouqueceria se perdesse algumas pessoas da minha vida. Gosto de pessoas inteligentes, mas sobretudo humildes. Sou altamente bipolar e alterno meu humor em questão de segundos.
Eu preciso de um abraço e de um sorriso, eu almejo dias melhores e pro dia de amanhã espero apenas vencê-lo. Queria minha mãe pra sempre! mas o pra sempre, sempre acaba.
Ainda não sei quem sou eu, por enquanto continuarei com meus trechos de músicas e poemas no perfil do orkut. São nesses fragmentos que atualmente me encontro. Quem sabe um dia eu conheça essas pessoas e deixe elas me conhecerem verdadeiramente!



"Não sou das mais otimistas, assumo. Bem que já tentei, mas não consigo. Otimismo é virtude difícil, rara. Oscilo muito... e às vezes desanimo com certa facilidade. Também canso, me decepciono, me iludo. Conheço bem a frustração. Não estou sempre bem. Não trago sempre um sorriso. Não correspondo sempre todas as expectativas sobre mim. Produzo aquém do que considero meu verdadeiro potencial. Chego aos resultados questionando-me sobre sua validade. Há dias em que não desejo levantar da cama. Já pensei (e não poucas vezes) em jogar tudo para o alto. Erro mais que acerto, julgo equivocadamente, me arrependo, me defendo, não me compreendo."