sábado, 21 de maio de 2011

V O L T A N D O

Imóvel, bradipneica, sem saber o que falar. Levanto-me, vou até a cozinha buscar um pouco de água, e de repente estou no quarto arrastando uma coberta até a sala.O telefone não toca. Tentativas de fugir do que me aguarda. Falar de mim, escrever mais uma vez depois de tanto tempo, depois de tantas coisas que perdi, depois de tantas lágrimas e frustrações que deixei passar. Como começar?
De súbito uma última tentativa de levar ar aos pulmões, o controle voluntário de trazer a tona todas as coisas que me incomodam. Droga, já tinha esquecido como escrever me faz tão bem.
Porque mesmo que estou aqui? Meus pensamentos estão contra meu coração, meu cérebro não quer que eu enfraqueça de novo. Tudo esta(va) tão bem, tudo esta(va) sob controle. Porque é mesmo que você se aproxima de mim? O que mais você quer? Será que você ainda não percebeu que eu não quero mais ficar próxima a você? Será que eu ainda não percebi que não existe só você?

Perdi totalmente o foco, perdi totalmente a paz. Eu não devia ter te tocado, eu não devia ter deixado você entrar. Eu podia perder tanto tempo assim. E não foi pra falar de você que voltei aqui, afinal você já não faz mais parte do meu presente. Não sei se ainda você permanece na minha cabeça ou no meu coração. Aliás, não sei se você ainda faz parte de alguma coisa que se relacione a mim. Você mudou tanto, e eu nem te conheço mais.
 E não, eu não quero me casar com você.

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