sexta-feira, 5 de novembro de 2010

De que me vale falar como gente grande, suplicando como uma criança pequena; talvez a altura da imaginação e até da criatividade de certas crianças expliquem tal fato. Enfim, você se cansa da hipocrisia, da falsidade, da ameaça constante, se cansa da estupidez, da apatia, da angústia, da insatisfação, da injustiça, do frenezi, da busca impossível e infinita de algo que não sabe o que é. Se cansa de amores incompletos, de amores platônicos, de falta de amor, de excesso disso e daquilo. Se cansa do “apesar de”. Se cansa do rabo entre as pernas, da sensação de estar sendo prejudicado, se cansa do “a vida é assim mesmo”. Se cansa das mãos cheias de verdades e os pés descalços; dos pés atados e as mãos libertas que mostram que sempre estivemos acorrentados a algo. Sonhos? Gostos? Saúde? Saudade? Fé? Humildade? Poupai de toda essa hipocrisia contida em cada coração. Vai de cada cabeça, e do sentimento de cada um de querer voar, ou de sentir-se voando com os pés no chão, Vai de cada coração, viver sorrindo ou de sentir um sorriso se abrir em sua imaginação, vai de cada remédio, te dar o que você precisa, ou te deixar mau por insistência, vai da necessidade, vai da vontade, vai do medo, da intensidade, vai da conseqüência, ou da falsidade, vai da tristeza.  

(texto adaptado).

Nenhum comentário:

Postar um comentário